sexta-feira, 22 de abril de 2016

ENTREVISTA FRIGHT NIGHT


Hoje o blog CHM entrevista o Guitarrista/Vocalista Rodrigo Mattos do Fright Night que nos conta vários detalhes sobre o retorno da banda e os próximos passos a serem dados. A banda de Presidente Prudente (interior de São Paulo) lançou um material aclamado pelos “Bangers” mais antenados no underground Brasileiro, se trata da demo “Power Of  Metal”, que antecipou aquele sentimento “Old School” decorrente nos últimos anos. Para o leitor que se identifica com “ True Heavy Metal”, não deixe de correr atrás de informações sobre o Fright Night, Heavy Metal forte, honesto e impactante!



1 – Rodrigo Mattos, o Fright Night foi formado em 1998, pode-se dizer que hoje em dia a banda já pode ser considerada “das antigas” em Presidente Prudente não é?
Rodrigo Mattos: É, muitos anos se passaram desde que iniciamos esse projeto. Quando começamos as coisas eram bem diferentes, pegamos o tempo da demo tape, formato que era lançado o material pelas bandas, pegava contatos em revistas, trocava cartas, coisas que não fazem mais parte dos dias de hoje, a internet não tinha essa força que tem hoje ajudando na divulgação, a tecnologia avançou muito e está ajudando nas gravações deixando o trabalho com mais qualidade, mais barato e sem precisar viajar longas distâncias como era antes, o comportamento humano mudou muito com tudo isso, e apesar de 8 anos parados podemos considerar a FRIGHT NIGHT "das antigas" sim.

2 –  Em 2004 você lançaram a demo “Power Of  Metal”, me parece que  este trabalho foi muito bem recebido, não é mesmo?
Foi bem positivo a resposta dessa demo na mídia especializada e por Bangers, participamos de várias coletâneas através dela, além de vários shows e muitos contatos, abriu portas na época, com certeza foi o melhor momento da banda até aqui, musicalmente ela foi importante, amadurecemos muito e aprendendo com erros anteriores, saudade desse tempo mas agora concentrar em novos desafios, para viver momentos como aqueles ou melhores.

3 – Andei escutando este material, e  é muito interessante, pois  na época que vocês estavam compondo este registro o  Power Metal Melódico estava em alta, mais contrariando a tendência o resultado que vocês apresentaram foi muito  equilibrado e forte, lembrando Grave Digger e Running Wild, bandas pouco referenciadas neste período.
Quando a FRIGHT NIGHT começou a proposta era fazer um Heavy Metal entre o Tradicional e o Melódico, no começo tocava  covers de Running Wild, Iron Maiden, Black Sabbath, Helloween, Stratovarius mais havia muitas trocas no line up que atrapalhava a sequência, a luta era para banda não acabar, e não para ter entrosamento e muito menos uma proposta, não dava tempo de construir nada, agora a formação que gravou o Power of Metal ficou sólida por mais tempo, com isso amadureceu e ganhou uma identidade, a melodia continuava forte, o som ficou mais acelerado e pesado, mais simples e menos virtuoso, a banda queria mais bater cabeça do que tocar, acho que foi isso que levou a esse equilíbrio.

4 – O  cover de “soldiers of Hell” foi uma escolha bem acertada, qual a importância e estratégia em inseri-la nesta demo?
A banda queria uma música que mostrasse nossas influências, e o Running Wild sempre foi desde do início uma forte influência para nós, a Soldiers of Hell é uma música que se encaixa perfeitamente em nossa proposta que é de tocar Heavy Metal puro, simples, sem frescuras além de fazer parte do nosso set há muito tempo. 

5 – Apesar da boa recepção a banda encerrou as atividades e retornou há pouco tempo, qual os motivos deste hiato?
Hoje analisando com calma, acredito que fomos vencidos pelo cansaço, aquela história de dar um passo para frente e dois para trás, muitas mudanças de integrantes, uma sequência de shows péssima em relação a organização e estrutura onde passamos mais raiva do que nos divertimos e a finalidade sempre foi se divertir e ter alegria em primeiro lugar, alguns problemas externos, muita conversa fiada, era só problema e decepção, que com o passar do tempo só aumentava, chega uma hora que não dá mais, colocamos a situação na balança, vimos os pontos positivos e negativos e resolvemos por um ponto final, hoje vejo que fizemos o correto para aquele momento. A volta do batera Luís Brandão que iniciou a conversa, até que depois de alguns meses juntamos pra tomar umas em um bar para acertar detalhes, e correr atrás de uma baixista, após algumas tentativas, finalmente encontramos o Luis Rodela e estamos de volta fazendo o barulho que estava faltando em nossas vidas.

6 – Neste período você esteve envolvido com o GUILHOTINA (P.Prudente), o que pode nos falar a respeito desta empreitada?
Posso falar que curti pra caralho esses três anos de GUILHOTINA a banda começou logo após o fim do FRIGHT NIGHT com uma proposta definida de cantar Thrash Metal em português e abortando temas relacionados a guilhotina, por isso a escolha do nome, e tocar com aquele capuz, queria algo além de simplesmente executar as músicas, um tema para ser explorado de uma forma mais teatral e com história, Gravamos um CD com oito faixas, fizemos muitos shows, participamos de algumas coletâneas e a banda acabou no ínicio de 2010.

7 – Após o retorno do Fright Night, como tem sido a adaptação nessa nova fase?
Muita coisa mudou em nossas vidas temos filhos, famílias, antes não tinha essa enorme responsabilidade. Uma mudança significativa que exige mais de nós é o fato de agora ser um trio, porque temos mais trabalho para preencher os espaços deixados pela outra guitarra. A melhor parte é mais simples e não precisa de adaptação, voltamos pela amizade para fazer o som que gostamos, não estamos aqui apenas para tocar, antes disso somos amigos com isso a adaptação e respeito fica mais fácil. A outra parte da adaptação é na cena underground, porque querendo ou não as coisas mudam, encerra um ciclo e começa outro, mas está sendo muito bom com novas amizades, novos caminhos, mais o velho e bom HEAVY METAL!!!

8 – A banda já tem composições novas ou planos para alguma próxima gravação?
Estamos compondo material, nossa primeira música depois dessa volta se chama Heavy Metal is my Faith continua na mesma pegada da demo Power of Metal fala de nossa paixão pelo Heavy Metal e a ótima sensação que ele nos proporciona, estou curtindo pra caralho ela, mais sou suspeito pra falar rs... relembramos músicas que não temos gravadas, estamos sempre pensado em gravar algo sim, nós gostamos de entrar em estúdio e ver o resultado dos ensaios com uma produção legal e poder divulgar o trabalho, mas não temos data e nem preparados para isso ainda.

9 – Ao vivo, além do material próprio, vocês andam fazendo algum cover?
Sempre colocamos um ou dois covers de bandas que são importantes em nossa influência no set, Soldiers of Hell do Running Wild continua, mas temos outros covers uma do Manowar The Gods Made Heavy Metal e Black Sabbath com Eletric Funeral estão no set no momento, mas é claro focamos sempre em músicas próprias, nossa motivação maior na música é compor e mostrar nosso trabalho.

10 – Como anda a cena underground em Presidente Prudente?
A cidade aqui sempre teve boas bandas representando o underground, com a proposta de fazer som próprio e mantendo aquele espírito underground, continua assim bandas novas surgindo e bandas antigas que continuam ou voltam como foi nosso caso, sempre houve espaço também, hoje em dia existe um bar onde acontece alguns eventos, e assim a cena vai se mantendo como muita força de vontade e criatividade, hoje vejo um número menor de festivais em relação ao passado, mas não é exclusivo de Presidente Prudente.

11 – Qual é a formação atual do Fright Night?
Hoje o FRIGHT NIGHT é um power trio com Rodrigo Mattos na guitarra e voz Luís Brandão na bateria e Luís Rodela no baixo.

12 – Quais serão os próximos passos para o ano de 2016?
Esse ano é um recomeço, ano passado não ensaiamos para chegar em um ritmo ideal, ainda mais pra quem ficou parado tanto tempo, 2016 já começamos novamente com shows e a ter mais foco e organização, compor músicas novas e aprimorar o repertório, queremos correr atrás do tempo que perdemos, fazendo shows e novos contatos para divulgar nosso trabalho novamente. 

13 – Gostaria que você citasse alguns álbuns favoritos seus?
Accept - Balls To The Walls, Grave Digger - Tunes of War, Judas Priest - Painkiller, Running Wild - Black Hand Inn e Gates of Purgatory, Rage - Trapped, Helloween - Walls of Jericho, Megadeth - Rust in Piece, Riot - Thundersteel, Bomber - Motorhead, esses são alguns, mais a lista é maior e vai longe.

14 – Nestes anos de atividade no underground, quais bandas da região você que deveriam ter o material mais explorado, independente de estiver na ativa ou não.…
Vixi !!! rs… são muitos anos e muita banda boa na ativa ou que já parou em várias vertentes que podem ser citadas aqui, mas para manter um foco e não me perder na pergunta, vou falar de bandas que peguei o material e estou ouvindo ultimamente, eu sou apaixonado pelo Thrash e Heavy oitentista, gosto de bandas que erguem essa bandeira, aqui em Prudente tem o Arkhaikos Thrash Metal e estou ouvindo também o Thunderlord banda de Londrina que faz um excelênte Heavy Metal puro e verdadeiro duas bandas da região que Headbangers podem adicionar na coleção com certeza.

15 – Quais as condições para se levar o Fright Night para algum evento?
É muito fácil rs... procuramos equilibrar as coisas, sabemos da dificuldade enorme para se realizar um evento underground hoje em dia, mas também não podemos sair por ai gastando o dinheiro que não temos com transporte e alimentação que hoje também é muito caro, então procuramos que as coisas fiquem boas para ambas partes.

16 – Rodrigo, muito obrigado, deixo o espaço aberto para suas considerações finais! Grande abraço!
Gostaria de parabenizar pelo trabalho realizado aqui no Colorado Heavy Metal, apoiando a cena underground e dando espaço para divulgação de nosso trabalho, que continue assim e cada vez mais forte, quem quiser saber mais sobre a banda entre em contato pela nossa página no facebook https://www.facebook.com/frightnightmetal/?fref=ts muito obrigado FORÇA UNDERGROUND !!!     

Por Vitor Carnelossi

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