quinta-feira, 6 de abril de 2017

SÉRIE DISCOS ANTOLÓGICOS: CAMISA DE VÊNUS – CORRENDO O RISCO

A banda Camisa de Vênus adicionou poesia e acidez em doses generosas ao tempero baiano, sendo um dos grandes nomes que aportaram no circuito do rock nacional na década de 80, determinando um espaço precioso na mídia  e público ao lado de bandas como RPM, Ultraje, IRA!, Barão e tantas outras que participaram da efervescência de um momento inspiradíssimo da música brasileira. 

É perfeitamente possível ainda lembrar vários amigos manuseando o vinil Correndo o Risco, com sua capa azul, onde os toca-discos tocavam à exaustão clássicos como Só o Fim, Simca Chambord, Deus me dê Grana.....
Pois bem, Correndo o Risco possui uma produção esmerada, e sucede o disco Batalhões de Estranhos, um discaço que ao conter faixas como Eu não Matei Joana Darc, Gotham City, Lena, acendia o pavio para explosão do Camisa, consagrando Correndo o Risco como um dos grandes discos do rock brasileiro.

Sob a produção de Liminha e Pena Schmidt, os baianos Marcelo Nova, Robério Santana, Karl Hummel, Gustavo Mullem e Aldo Machado executam um repertório de altíssimo nível, com a veia metafórica das letras de Marcelo recebendo pitadas das posições contestadoras e sarcásticas que sempre acompanharam o trabalho da banda.
Petardos como Morte ao Anoitecer, Mão Católica, Tudo ou Nada e a Ferro e Fogo sacramentam  a riqueza das composições deste disco.
O tempo e  destino transformaram alguns de seus integrantes em praticamente inimigos, nos tempos atuais, inclusive com disputas judiciais sobre execução de repertório pelas formações que pleiteam o nome Camisa de Vênus.
Nada, porém, absolutamente nada, seria capaz de apagar a importância de um disco como Correndo o Risco, sua mágica, atmosfera, poesia, e veneno.
Nossa sugestão? Ouça Alto!!!

Um GRANDE abraço!!
Marcão Azevedo. 



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Editor responsável - Vitor Carnelossi


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